domingo, 29 de abril de 2012

Passeio por Vale de Cambra, Freita, Arouca e Mansores

Este passeio teve uma característica pouco habitual: foi crescendo ao longo do percurso. Ou seja, quando saí de casa estava a pensar ir até à Freita pelo trajecto habitual. Saí bem agasalhado, tendo como exemplo a inconstância do clima nos últimos dias. Quando comecei a subir para Carregosa já estava arrependido de trazer tanta roupa. Um pouco antes do corte para Carregosa passa um ciclista por mim, e decidi segui-lo. Assim fui parar a Vale de Cambra. Daí segui para a Chão de Ave, com destino à Freita. Quando cheguei à Freita deparei-me com um individuo no meio da estrada a indicar um corte à direita. Passaram uns carros e depois um grupo de ciclistas... Nunca tinha visto um passeio de bicicletas de estrada. Passei por eles (cruzei-me, melhor dizendo) e segui rumo ao parque de campismo. Nesta altura já tinha decidido passar pelas antenas e descer para Arouca. Após uma curta paragem para deglutir uma barrita, continuei a viagem. Perto das antenas cruzo-me com outro ciclista que devia vir de Arouca...

Começo a descer. Ao fim de 5 minutos encontro a estrada cheia de água. Deve ter chovido BUÉ. Sempre com muita precaução, lá fui descendo... descendo... porra da descida que nunca mais acabava. Era só água a saltar dos pneus. E muito frio. Mesmo com toda a roupa que levei sofri um pouco com o frio. E isto porque já devia estar encharcado da transpiração da subida. Do outro lado não vi pinta de chuva. Só sol forte.

Entrei em Arouca mesmo no centro da vila. Andei uns quilómetros quase em plano. Depois apanhei a estrada nova para mansores (que liga Arouca à autoestrada). Apesar de ser proibida a ciclistas, tractores e vacas, não estava com pachorra para apanhar o pavê da ligação miserável que serve de remedeio a estes veículos e animais, quando se pretende ir para Lourosa, Porto ou S. João da Madeira...

Como já não bastava o frio, ainda tive de enfrentar vento fortíssimo de frente, até sair desse troço de estrada para ricos e políticos corruptos, a coisa começou a melhorar. Nunca pensei ( e ansiei) tanto por uma subida. E o percurso para Mansores é pródigo nesse aspecto. E foi subir, subir... raios! Nunca mais acabava a subida. Até que cheguei a Cesar. Daí para a frente tinha um olho na estrada e outro nas nuvens. Parecia que ía apanhar uma valente molha... Mas, felizmente, foram apenas algumas gotas e bastante frio.

Após 78 km e 4h30 de viagem cheguei a casa. Satisfeito e cansado. Mas gostei deste passeio...

Alguma fotos:








































 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Passeio à Freita - 23 Abr 2012

Devido a algumas desilusões relacionadas com a segurança na circulação em estrada, acrescido do clima menos favorável, não me tenho sentido motivado em pegar na fininha. Assim, passaram cerca de 15 dias sem olhar para ela. Até que ontem, dia 23 de Abril, e estando eu de férias, voltei a pegar na bicicleta.
Não foi uma questão de paixão, não.. Tenho andado com dores no corpo em geral e em particular nas costas. Eu sei que a culpa foi minha. Ninguém me mandou estar no sofá até às 4h da manhã a ver filmes, numa posição que não é a melhor. No sábado até me custava respirar... E tenho andado assim até ontem. Foi quando me fartei de tanta moleza, e decidi dar coça ao corpo. Equipei-me, comi uma banana, meto duas barritas do Pingo-Doce (muito fixes) e 'bora pra estrada. A verdade é que deixei de ter dores.

O dia estava cinzento. E frio! Vesti o fato de inverno, com uma tshirt e camisola termica por dentro do fato. Acrescentei ainda o casaco impermeável e o passa-montanhas. A verdade é que ía quentinho, e foi uma boa escolha. Na Freita a temperatura não estava para brincadeiras. Nem em pleno inverno, à noite, vesti tanta roupa.

A Freita está escondida na bruma
A viagem correu bem. Como sempre a subida é dolorosa. A descida, com o piso molhado, tinha os seus riscos, pelo que usei de bastante precaução.








No final tinha mais 52 km nas pernas e a satisfação de mais um treino para o corpo e mente.

domingo, 8 de abril de 2012

Passeio de sabad0 - 7 de Abril 2012 - Freita

Estava  com ideias de fazer algo mais do que simplesmente subir a Freita. Dependendo das condições climáticas e do tempo disponível, a volta incluia a descida até Arouca e o regresso por Mansores.
No entanto, já saí um pouco tarde de casa e tinha hora para chegar. De qualquer modo conseguia cumprir o objectivo se não fosse a interacção com um atrasado mental, que me quis empurrar para fora da estrada.
Seguia eu tranquilamente no meu caminho, quando um automobilista decidiu implicar comigo e mandou uma buzinadela.  Ora, a estrada era larga, eu circulava junto à berma, a seguir vinha uma curva que permitia apanhar a faixa central para cortar à esquerda, ou seja, espaço não faltava para o individuo ultrapassar pelo que eu fiz sinal que tivesse calma ou que fosse à volta. O tipo não gostou e depois da curva, ao ultrapassar-me, foi atirando o carro literalmente para cima de mim. Ainda fiz alguma "ginástica" para controlar a bicicleta, pois a berma tinha uns 20 cm e depois era mato. Por sorte não caí...
Fiquei revoltado com a situação, enervado, aborrecido e, acima de tudo, com vontade de partir as trombas ao cobardolas. Mandei uns berros a chamar-lhe coisas lindas, mas isso não me acalmou. Como o percurso era ligeiramente a descer, meti uma abaixo e mandei-me atrás do  carro a mais de 50 km/h. Como era uma zona sinuosa e ía um carro à frente do tipo, consegui mantê-lo em linha de vista. Passado uns quilómetros virou à esquerda numa estrada em paralelo.  Já não tinha grandes esperanças de o apanhar para tirar a matricula, mas também virei. E não é que vejo o carro estacionado uns 50m mais à frente. Ainda estavam dentro do carro. Eu ía cego. Só me via a rebentar as trombas do anormal. Quando paro, olho para dentro do carro e vejo também a mulher e uma menina a olhar para mim de boca aberta. Fiquei momentaneamente sem saber o que fazer, com a pequenita dentro do carro. Também tenho uma filha e as crianças não têm culpa da burrice dos pais. Mesmo assim queria ir falar com o tipo. Estava a tirar as luvas quando o tipo, honrando o cobarde que era, fez marcha-atrás e fugiu. Eu deixei-o ir, não ía mandar a bicicleta para a frente do carro, não fosse o cobardolas passar por cima dela e fugir na mesma. Tenho a matricula do carro e vou fazer a participação à policia. No fundo estou satisfeito por não me ter envolvido com o tipo, principalmente nesta quadra festiva, e com a menina a ver estas cenas tristes...

A partir daqui o passeio estava estragado. Subi a Freita ainda enervado com a situação. Pelo menos desta vez custou menos, pois descarreguei a raiva na subida.

Quando cheguei ao parque de campismo do Merujal olhei para as horas e decidi regressar. Já eram quase quatro horas e estava muito frio. Espero que para a semana corra melhor...

Fotos: