domingo, 8 de abril de 2012

Passeio de sabad0 - 7 de Abril 2012 - Freita

Estava  com ideias de fazer algo mais do que simplesmente subir a Freita. Dependendo das condições climáticas e do tempo disponível, a volta incluia a descida até Arouca e o regresso por Mansores.
No entanto, já saí um pouco tarde de casa e tinha hora para chegar. De qualquer modo conseguia cumprir o objectivo se não fosse a interacção com um atrasado mental, que me quis empurrar para fora da estrada.
Seguia eu tranquilamente no meu caminho, quando um automobilista decidiu implicar comigo e mandou uma buzinadela.  Ora, a estrada era larga, eu circulava junto à berma, a seguir vinha uma curva que permitia apanhar a faixa central para cortar à esquerda, ou seja, espaço não faltava para o individuo ultrapassar pelo que eu fiz sinal que tivesse calma ou que fosse à volta. O tipo não gostou e depois da curva, ao ultrapassar-me, foi atirando o carro literalmente para cima de mim. Ainda fiz alguma "ginástica" para controlar a bicicleta, pois a berma tinha uns 20 cm e depois era mato. Por sorte não caí...
Fiquei revoltado com a situação, enervado, aborrecido e, acima de tudo, com vontade de partir as trombas ao cobardolas. Mandei uns berros a chamar-lhe coisas lindas, mas isso não me acalmou. Como o percurso era ligeiramente a descer, meti uma abaixo e mandei-me atrás do  carro a mais de 50 km/h. Como era uma zona sinuosa e ía um carro à frente do tipo, consegui mantê-lo em linha de vista. Passado uns quilómetros virou à esquerda numa estrada em paralelo.  Já não tinha grandes esperanças de o apanhar para tirar a matricula, mas também virei. E não é que vejo o carro estacionado uns 50m mais à frente. Ainda estavam dentro do carro. Eu ía cego. Só me via a rebentar as trombas do anormal. Quando paro, olho para dentro do carro e vejo também a mulher e uma menina a olhar para mim de boca aberta. Fiquei momentaneamente sem saber o que fazer, com a pequenita dentro do carro. Também tenho uma filha e as crianças não têm culpa da burrice dos pais. Mesmo assim queria ir falar com o tipo. Estava a tirar as luvas quando o tipo, honrando o cobarde que era, fez marcha-atrás e fugiu. Eu deixei-o ir, não ía mandar a bicicleta para a frente do carro, não fosse o cobardolas passar por cima dela e fugir na mesma. Tenho a matricula do carro e vou fazer a participação à policia. No fundo estou satisfeito por não me ter envolvido com o tipo, principalmente nesta quadra festiva, e com a menina a ver estas cenas tristes...

A partir daqui o passeio estava estragado. Subi a Freita ainda enervado com a situação. Pelo menos desta vez custou menos, pois descarreguei a raiva na subida.

Quando cheguei ao parque de campismo do Merujal olhei para as horas e decidi regressar. Já eram quase quatro horas e estava muito frio. Espero que para a semana corra melhor...

Fotos:









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